Entender o que é IMC e qual a sua importância para a avaliação física é uma maneira interessante de verificar os resultados dos treinos de seus alunos.
Afinal, mais do que tirar medidas ou focar em quantos quilos cada pessoa tem, a técnica permite aprofundar a análise corporal, além de incentivar um estilo de vida mais saudável.
Contudo, apesar de ser simples compreender e avaliar o que significa IMC corporal, é fundamental que os instrutores saibam, também, dos seus limites.
Assim como qualquer índice, é necessário considerar outros fatores que, inclusive, podem afetar os resultados.
Por exemplo, em algumas pessoas, como atletas, idosos, grávidas e crianças, é possível que o resultado do índice não reflita a realidade. Inclusive, falaremos sobre algumas limitações do IMC mais à frente.
Cenários como estes, é claro, não significam que o indicador deve ser ignorado.
É preciso apenas entender as particularidades como uma maneira de identificar a situação atual do aluno e, a partir daí, orientar e adequar os treinos às necessidades de cada um.
Pensando nisso, vamos conferir o que é IMC, como calcular e alguns exemplos que ajudam a visualizar os valores. Além disso, trazemos outros tipos de avaliação física interessantes para oferecer ao seu cliente.
Boa leitura!
O que é IMC?
IMC é a sigla para Índice de Massa Corporal. É uma das principais ferramentas para calcular se uma pessoa está dentro do peso considerado “ideal” para a sua altura.
Um dos indicadores mais populares, é usado por diferentes profissionais da saúde, como enfermeiros, nutricionistas, médicos e educadores físicos.
O IMC é uma maneira rápida e fácil de entender se o indivíduo precisa ganhar ou perder peso. Contudo, é fundamental ter cuidado, pois o índice não pode ser considerado sozinho, sem que sejam avaliados, também, outros protocolos.
O que é IMC e qual a sua importância?
Embora tenhamos destacado um ponto de atenção no parágrafo anterior, não podemos apenas ignorar o índice, uma vez que a medida é adotada até mesmo pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Neste caso, o índice serve como uma referência de medida para classificar padrões de saúde, desde a desnutrição até a obesidade.
Ou seja, o cálculo do IMC começou a ser usado como uma maneira de diagnosticar o estado nutricional de grupos populacionais, principalmente por ser um método não invasivo e de baixo custo.
Dessa forma, o índice é fundamental para avaliar se determinada população (como de uma região ou faixa etária, por exemplo) está acima ou abaixo do peso, de maneira geral.
Já para avaliar o aluno na academia, deve-se considerar outras questões além do IMC. Isso porque, por calcular apenas o peso e a altura, o indicador não pondera sobre a composição corporal. Ou seja, não distingue o que é massa muscular e o que é gordura.
Dá para entender, então, por que os valores do IMC podem trazer resultados que, por si sós, não correspondem à realidade? O ponto de atenção se torna especialmente relevante em determinados grupos, como grávidas, atletas ou idosos.
Além disso, mesmo sem estar com sobrepeso ou obesidade, a pessoa pode estar com níveis inadequados de colesterol, triglicérides, gordura e açúcar no sangue — resultados que envolvem outras questões, como sedentarismo, alimentação e hábitos.
Agora que você já entende os principais pontos que envolvem o índice e sabe o que é IMC, resta entender como calculá-lo. Veja a seguir.
Leia também: Aplicativo de avaliação física: quais são os melhores para sua academia?
Como calcular IMC?
O cálculo do IMC é simples: basta dividir o peso pela altura ao quadrado. Portanto, a fórmula ficaria:
IMC = PESO / (ALTURA x ALTURA)
Vamos ver como a conta ficaria com um exemplo de IMC? Digamos que uma pessoa meça 1,65m e pese 70 quilos.
Neste caso, o cálculo deve ser:
- 1,65 x 1,65 (altura ao quadrado) = 2,72
- 70 (peso) / 2,72 (resultado da altura ao quadrado) = 25,3
- IMC = 25,3
Mas, o que podemos entender a partir do resultado? Confira a tabela.
Exemplos de IMC
Os valores de IMC indicados para adultos, segundo a OMS, são:
IMC | Classificação |
Menor que 18,5 | Baixo peso |
Entre 18,5 e 24,9 | Peso normal |
Entre 25 e 29,9 | Sobrepeso |
Entre 30 e 34,9 | Obesidade Grau I |
Entre 35 e 39,9 | Obesidade Grau II |
Maior que 40 | Obesidade Grau III |
Limitações do IMC
Lembre-se de que o IMC para crianças é calculado de maneira diferente, e considera também a idade do indivíduo.
Já no caso da terceira idade, as referências também são outras, pois o público apresenta uma mudança na proporção entre gordura corporal e massa magra, o que pode gerar um resultado errôneo.
Ou seja, alguns indivíduos com grande quantidade de gordura podem ser interpretados como “adultos com peso adequado” por causa da perda de massa magra.
Também é necessário considerar que, normalmente, homens e mulheres têm padrões de gordura corporal diferentes, assim como proporções de corpo — o que pode, também, influenciar a análise.
Obesidade em foco
Ainda que haja particularidades e interpretações subjetivas sobre resultados de IMC considerados “altos”, é fundamental lembrar que a obesidade é uma questão grave e que já atinge mais de 6,7 milhões de pessoas no Brasil.
Além disso, 4% da população (mais de 800 mil pessoas) apresenta o nível mais grave, e, ano após ano, o índice aumenta em todo o mundo.
Por isso, é papel do instrutor físico não apenas passar treinos ou cobrar dos alunos um “corpo perfeito”, mas reconhecer a importância que o bom hábito traz para a saúde.
Afinal, não estamos falando apenas da questão estética, uma vez que pessoas obesas têm mais probabilidade de desenvolver doenças como pressão alta, diabetes, problemas nas articulações, entre outras.
Ou seja, entender o que é IMC é importante, mas o resultado deve ser visto, primeiramente, como um sinal, e não como uma questão definitiva. Por isso, é interessante que a pessoa comece a se perguntar sobre seus hábitos alimentares e a prática de atividades físicas, por exemplo.
A partir daí, é possível procurar opiniões médicas ou de nutricionistas para avaliar os melhores caminhos, buscando sempre o bem-estar e a qualidade de vida.
Além do IMC: a importância da avaliação física
A avaliação física é um procedimento realizado com os alunos da academia para que o instrutor conheça seu histórico de saúde e analise seu condicionamento físico.
Desse modo, o profissional de educação física tem embasamento para definir as melhores estratégias de treino para cada um.
Até porque quem treina sem realizar nenhum tipo de avaliação ou exame médico corre o risco de se lesionar ou de sofrer acidentes. Ou seja, estamos falando de uma medida fundamental para a segurança do aluno e da academia.
Ainda, a avaliação física pode ser usada como uma ferramenta para fidelizar alunos na academia, pois é o momento de esclarecer como está a evolução do aluno em relação ao objetivo definido.
Realizando avaliações físicas periodicamente, você mantém o seu aluno engajado com os resultados.
Para facilitar esse processo, milhares de academias utilizam um aplicativo de avaliação física, que entrega um resultado detalhado e intuitivo para os alunos sobre a evolução corporal.
Confira, a seguir, os principais métodos de avaliação física.
- Anamnese: funciona como uma entrevista, pois é o primeiro contato com o aluno. Neste momento, o interesse é em conhecer os hábitos gerais e avaliar questões como experiências, rotina, histórico familiar e cirurgias realizadas.
- Avaliação antropométrica: é o momento de coletar as principais medidas do corpo, como peso, altura, dobras cutâneas e circunferências corporais. Calcula-se, aqui, o IMC, mas também considera-se o percentual de gordura e de massa magra. Assim, é possível orientar melhor o aluno de acordo com seus objetivos.
- Avaliação neuromotora: é ideal para identificar força, resistência muscular e flexibilidade. As principais maneiras de obter os resultados é por meio de exercícios de repetição e equipamentos de amplitude.
- Avaliação cardiorrespiratória: normalmente, é realizada por testes de esforço (na esteira) para observar a capacidade aeróbica do aluno. Quando necessária uma avaliação completa, esta deve ser realizada por um médico, com equipamentos específicos.
- Avaliação nutricional: deve ser feita com o apoio de um nutricionista, pois analisa-se a dieta e hábitos alimentares, com o objetivo de definir novas estratégias, avaliando as necessidades nutricionais e calóricas individuais.
Com todos os pontos acima, dá para perceber como a avaliação física vai muito além de entender o que é IMC, apesar de sua importância, certo?
Se você quiser um guia completo sobre o assunto, confira este conteúdo: Avaliação física na academia: o que é, métodos e dicas. Nele, você confere:
- o que é e como é feita uma avaliação física;
- principais métodos, em detalhes;
- para que serve a avaliação na academia (desde o acompanhamento da evolução dos alunos até a criação de treinos personalizados);
- com que frequência deve ser realizada;
- por que vender avaliações físicas na academia;
- e muito mais.
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