Saber como evitar o overtraining não é mais um conhecimento específico para esportistas profissionais de alta performance. Ele já é uma preocupação presente em academias e na rotina de alunos com treinos comuns.
A recorrência se dá às vezes por falta de acompanhamento, em outras, porque algumas pessoas insistem em seguir instruções de influencers nas redes sociais ou copiar mudanças de treino de alunos com condicionamentos diferentes.
O fato é que o overtraining, ou Síndrome do Excesso de Treinamento, pode trazer inúmeros malefícios para a saúde e comprometer a rotina saudável desejada. E o pior, identificar o quadro pode demorar e gerar um efeito ainda mais nocivo.
Por isso, é fundamental que professores e gestores de academia conheçam a condição e saibam como identificar sintomas de overtraining em alunos.
O mais indicado é estudar profundamente sobre o tema, mas, neste artigo, vamos apresentar o overtraining, citar os sintomas mais comuns e dicas de como evitá-lo.
Boa leitura!
O que é Overtraining?
Overtraining ou Síndrome do Excesso de Treinamento é o nome dado para a prática exagerada de atividade física que ultrapassa a intensidade e a frequência indicadas para o condicionamento físico. Pode ocorrer após mudanças ou estabelecimento de rotinas sem considerar o descanso exigido após a prática de exercícios.
Segundo especialistas, o músculo precisa de 48 horas para a regeneração, desta forma, é necessário respeitar o intervalo e trabalhar outras regiões musculares.
Caso contrário, pode ocorrer prejuízo no desempenho e, inclusive, lesões sérias nos músculos sobrecarregados. Algo parecido pode ocorrer em alunos que treinam mais de uma vez ao dia, sem respeitar o tempo de recuperação dos treinos.
Vale citar que não estamos falando de um cansaço, de dores musculares comuns ou fadiga, mas um conjunto de sintomas e reflexos que podem atingir níveis mais altos.
E, naturalmente, gerar consequências graves como: maior risco de lesões por sobrecarga ou esforços repetitivos, como as lombalgias, tendinites, bursites e fraturas por estresse.” (João Hollanda – médico ortopedista especialista em joelho e médico do esporte).
Como o overtraining é dividido?
De acordo com a literatura médica, o overtraining pode ser dividido em duas categorias.
Simpático
Como o próprio nome sugere, ele está relacionado ao sistema nervoso simpático e é ocasionado por grandes estímulos de alta intensidade, dificultando a recuperação. A consequência é a não reconstrução das fibras musculares rompidas, somada a novos rompimentos.
Parassimpático
Refere-se ao sistema nervoso parassimpático, responsável pelo controle das funções dos órgãos do corpo, vasos sanguíneos e músculos lisos. É um nível superior ao simpático e pode afetar tanto a força muscular, quanto a energia e a mobilidade do aluno.
Vimos que o overtraining é ocasionado por alta frequência e intensidade de exercícios sem o devido condicionamento físico para isso. Mas será que existem alguns fatores que potencializam essa síndrome? Confira!
Saiba quais são as causas para descobrir como evitar o Overtraining
O overtraining é um estudo relativamente recente e suas causas ainda geram dúvidas e debates. Afinal, alguns esportistas amadores mesmo em situações parecidas não apresentam sintomas da síndrome e outros com melhor condicionamento físico podem desenvolvê-la.
Especula-se, no entanto, que alguns fatores contribuem para a gravidade e incidência do overtraining. Como, por exemplo, a predisposição, condições de saúde, estresse, fatores psicológicos e até mesmo dependência química podem potencializar sintomas e consequências do treino em excesso.
E uma questão importante: alguns dos sinais do overtraining podem ser confundidos com cansaço ou fadiga. Portanto, antes de combater as causas ou tratá-las, é preciso saber se realmente o aluno se enquadra na Síndrome do Excesso de Treinamento.
Como identificar sintomas de Overtraining nos meus alunos?
Nosso corpo depende dos músculos para operar grande parte de suas funções, desde pegar uma caneta até respirar e bombear sangue. Naturalmente, quando há o rompimento de fibras musculares sem a espera da regeneração de outras já rompidas, inúmeras atividades corporais podem dar sinais de que algo está errado.
Isso significa que diversos sintomas podem aparecer, os mais comuns são:
- queda na performance em atividades já praticadas;
- demora na recuperação de lesões;
- maior incidência de acidentes;
- dores persistentes;
- mudança de humor e stress;
- problemas de sono;
- alteração do apetite;
- emagrecimento;
- dores de cabeça;
- fadiga;
- tremores;
- baixa imunidade;
- comprometimento da coordenação motora;
- sudorese;
- arritmia cardíaca;
- respiração acelerada;
- alteração da pressão arterial;
- impulsividade.
E, como você já deve imaginar, esse conjunto de possíveis sintomas não afeta apenas o físico, mas o psicológico e o bem-estar dos alunos que enfrentam essa síndrome. Ou seja, estamos falando de uma questão que precisa ser identificada logo, para evitar efeitos extremamente nocivos.
E como a academia pode agir? O que os alunos podem fazer para evitar o treino em excesso? É exatamente isso que falaremos no tópico a seguir: dicas práticas para evitar o overtraining!
Como evitar Overtraining na minha academia?
Existem algumas maneiras de evitar o overtraining, mas é fundamental citar que demanda um trabalho em equipe. É muito comum que o aluno não reconheça que está treinando em excesso, mesmo com sintomas evidentes.
É neste ponto que entra o profissional de educação física presente na academia! Não apenas para mostrar que a frequência e intensidade dos treinos estão acima do recomendado, mas para oferecer soluções e ferramentas viáveis para atingir os objetivos desejados de uma maneira saudável.
É indispensável a estruturação de um plano de treino compatível, que respeite os intervalos de descanso e, principalmente, alterne os grupos musculares trabalhados. Se possível, conte com um sistema de academia para desenvolver esse planejamento e acompanhar as atividades de alunos que deram algum sinal de treino em excesso.
Mas, como mencionamos acima, evitar o overtraining é um trabalho em equipe. Então, o aluno também precisa estar consciente da situação e saber quais medidas potencializam as causas da síndrome e o que pode minimizá-la.
Seguir os treinos propostos é o primeiro passo. Assim como respeitar o período de sono indicado para a sua faixa etária, tratar condições físicas e manter uma alimentação saudável e rica. E, em caso de indicação médica, fazer a suplementação necessária.
Como vimos, existem inúmeras formas de evitar o overtraining, mas, caso os sintomas já estejam presentes, também é possível tratá-lo, veja como no tópico abaixo.
Como é o tratamento de Overtraining?
O tratamento de overtraining deve ser desenvolvido por um médico especialista e, na maioria das vezes, demanda uma redução imediata na frequência e intensidade dos treinos. Além disso, é importante priorizar o descanso, adotar uma alimentação equilibrada, buscar apoio profissional e gradualmente retomar a atividade física conforme a recuperação progrida.
Vale lembrar que estamos falando de alunos de uma academia e não de profissionais desportivos de alta performance.
Para aqueles que buscam resultados melhores e querem evitar o overtraining, a ajuda profissional é imprescindível. Afinal, cada corpo opera de maneira diferente e existem inúmeros fatores que podem contribuir ou atrapalhar os rendimentos em atividades físicas.
Se este é o caso do seu aluno, o ideal é buscar por um time composto de nutricionista, educador físico e fisioterapeuta para conhecer melhor a sua condição física e quais métodos são mais indicados para chegar nos resultados esperados.
Sabe outra dica que pode auxiliar professores e gestores a evitar overtraining em seus alunos? Acompanhar os treinos e a entrada deles na academia. Se houver uma alta frequência, é válido ligar o alerta e ficar de olho para evitar que ele sofra com os sintomas e consequências citados aqui.
Um sistema que registre os treinos e que esteja integrado com a sua catraca ou ferramenta de biometria pode ser um ótimo aliado para este monitoramento!
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